A inadimplência das famílias capixabas, isto é, população com dívida em atraso, chegou à terceira queda consecutiva em março, principalmente devido ao comportamento das mulheres. Em comparação a fevereiro (32,4%), o recuo desse indicador no Espírito Santo foi de 0,5 ponto percentual, com uma redução de 17,7 mil capixabas no vermelho.
Em comparação ao mesmo período de 2024, a taxa de inadimplência caiu dois pontos percentuais, ou seja, 81 mil saíram do vermelho.
As análises dos dados são do Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo), com informações da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Para o coordenador de pesquisa do Observatório do Comércio, André Spalenza, os resultados são importantes para as famílias capixabas, que observaram uma maior folga financeira e melhor bem-estar em seu dia a dia. Portanto, também são importantes para o comércio varejo, que poderá ter um aumento da demanda pelos seus produtos.
Capacidade de pagamento
Além da queda geral da inadimplência, março foi marcado também pelo aumento da condição de pagamento das dívidas em atraso. Entre as famílias com renda de até 10 salários mínimos, houve aumento de 1,4 ponto percentual na capacidade de pagamento total ou parcial das contas atrasadas.
Já para as famílias com renda acima de 10 salários, subiu em 4,2 pontos percentuais a capacidade de pagamento integral da dívida em atraso. Enquanto isso, a capacidade de pagamento geral (total mais parcial) aumentou 1,4 ponto percentual.
A capacidade de pagamento das dívidas em atraso também foi maior entre as mulheres do que entre os homens, de acordo com o levantamento. Em março, enquanto 48,8% da ala feminina afirmou ter capacidade de pagar parcial ou integralmente suas contas em atraso.
Enquanto isso, 43,2% dos homens disseram ser capazes de quitar essa dívida no próximo mês. De fevereiro para março, houve um aumento da capacidade de pagamento das mulheres (6,8 pontos percentuais) e uma redução entre os homens (2,8 pontos percentuais).
Além disso, o tempo em que as contas estão em atraso entre as mulheres também é menor. Entre os homens, 58,7% afirmam ter pelo menos uma conta em atraso há mais de 90 dias contra 49,5% das mulheres.
Quanto à forma de gastar sua renda, o estudo apontou que as famílias capixabas têm o cartão de crédito como sua principal fonte e o crédito pessoal como a segunda mais importante.
A pesquisa completa, com os dados detalhados, pode ser ada no site Fecomércio.
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