O Tribunal do Júri do caso Rayane Luiza Berger, jovem pedagoga e miss pomerana assassinada em 2015, será realizado na próxima quarta-feira (21/05), às 8h. O júri acontecerá na nova sede do Fórum Criminal de Vitória, localizada na Avenida Fernando Ferrari, n.º 1000.
O réu, Celso Luís Ramos Sampaio, será julgado por homicídio qualificado.
De acordo com o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), o acusado responderá por feminicídio, agravado por motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e por ter ocorrido em contexto de violência doméstica.
O julgamento ocorre em Vitória após decisão do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), que acatou um pedido de desaforamento apresentado pela defesa. O pedido ocorreu sob a justificativa de que não haveria segurança e imparcialidade suficientes em Santa Maria de Jetibá, município onde o crime ocorreu e gerou grande comoção popular.
Crime ocorreu em 2015 e foi apontado como premeditado
O assassinato aconteceu em 6 de junho de 2015, na zona rural de Santa Maria de Jetibá, próximo ao distrito de Alto Rio Possmoser. Segundo a denúncia, Celso Luís, então companheiro de Rayane, teria dopado a vítima com medicamento de uso controlado e desferido golpes na nuca com objeto contundente.
Em seguida, ele teria colocado Rayane em um carro e simulado um acidente. O veículo foi encontrado submerso no rio por ciclistas no dia seguinte.
A jovem estava no banco do carona, sem cinto de segurança, e apresentava ferimentos que levantaram suspeitas. A ausência de frenagem e a não deflagração dos airbags reforçaram a hipótese de encenação.
As investigações apontaram que o crime foi planejado com antecedência. O Ministério Público sustentou, com base em provas técnicas e imagens de câmeras de segurança, que Celso premeditou o assassinato após um histórico de relacionamento conturbado, marcado por idas e vindas e traições mútuas.
Réu já cumpre pena por outro homicídio
À época do oferecimento da denúncia, Celso já cumpria pena de 16 anos de prisão por outro homicídio, cometido contra um colega de profissão. Com isso, o MPES reforça que o julgamento é mais um o na luta contra a violência de gênero.
O julgamento estava inicialmente agendado para 13 de março, mas foi adiado após liminar da defesa, que alegou ausência de mídias já anexadas ao processo há mais de oito anos.
O MPES, por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Vitória, atuará no plenário pela condenação do réu, reafirmando seu compromisso com a defesa da vida das mulheres e da justiça para vítimas de feminicídio.
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Uma resposta
Que a justiça seja feita sem recuo ou proteção a criminosos não a violência contra mulheres, não a violência física verbal e sexual eu repúdio atos de violência em qualquer circunstâncias.