O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou, nesta sexta-feira (16), o primeiro caso de influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1) em uma granja comercial brasileira. O foco foi identificado em um estabelecimento de reprodução avícola no município de Montenegro, a 60 km de Porto Alegre (RS).
A detecção marca um novo capítulo no enfrentamento da gripe aviária no país. Até então, os casos registrados no Brasil envolviam apenas aves silvestres ou criações de subsistência.
Desde 15 de maio do ano ado, foram 166 ocorrências, sendo 163 em aves silvestres e três em ambientes não comerciais.
Governo declara emergência zoossanitária por 60 dias
Após a confirmação laboratorial realizada pelo Laboratório Federal de Diagnóstico Agropecuário, em Campinas (SP), o Mapa declarou estado de emergência zoossanitária por 60 dias em Montenegro e nas áreas próximas, num raio de 10 km.
A medida poderá ser ampliada conforme o avanço das investigações epidemiológicas conduzidas pelo Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul (SVO-RS).
O foco foi identificado no último dia 12 de maio, quando técnicos da Secretaria Estadual da Agricultura detectaram sinais respiratórios e neurológicos em aves da granja.
Após o diagnóstico positivo para o vírus H5N1, todas as aves do local foram eliminadas, e o protocolo de saneamento sanitário foi iniciado.
Paralelamente, outro caso chamou a atenção na mesma semana: o Zoológico de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre, registrou a morte de 38 aves, entre cisnes e patos, sem sintomas evidentes.
A unidade permanece fechada para visitação, enquanto as autoridades investigam uma possível ligação com o surto.
Consumo de carne e ovos segue seguro
Em nota conjunta, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) garantiram que a situação é pontual e que não há riscos à saúde do consumidor.
O Mapa reforçou que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de frango ou ovos, e que o risco de contaminação humana é baixo, limitado a profissionais com contato direto com aves doentes.
“A situação está sob controle e todas as medidas de contenção já foram adotadas. A avicultura comercial brasileira segue firme, com protocolos eficazes para enfrentar desafios sanitários como este”, informou a nota.
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