O que começou como uma arte detalhista e terapêutica ganhou as redes sociais, encantou colecionadores e encontrou espaço no coração de muitas pessoas. No entanto, o universo dos bebês reborn, bonecos hiper-realistas que simulam recém-nascidos, tem protagonizado situações cada vez mais polêmicas.
Disputa judicial por guarda de bebê reborn
Um dos casos mais curiosos ocorreu recentemente, quando uma mulher contatou uma advogada para disputar a guarda de um bebê reborn com seu ex-namorado. A boneca, tratada como filha durante o relacionamento, virou motivo de briga judicial após o término.
Segundo relatos divulgados na imprensa, a mulher e o namorado desenvolveram apego emocional ao boneco e o término causou sofrimento. O caso dividiu opiniões nas redes sociais e reacendeu o debate sobre limites emocionais no apego aos reborns, além de levantar discussões sobre saúde mental.
Projeto de lei em Minas Gerais quer proibir atendimento médico a reborns
Outra polêmica recente veio de Minas Gerais. O deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL) protocolou, no dia 14 de maio, um projeto de lei que proíbe o atendimento de bebês reborn em unidades de saúde públicas e privadas.
Segundo a proposta, qualquer pessoa que levar um boneco reborn para receber atendimento médico poderá receber multa até 10 vezes o valor do serviço prestado. O texto ainda determina que os valores arrecadados com as penalidades sejam destinados a ações de apoio psicológico para pessoas com transtornos mentais.
A medida veio após relatos de situações inusitadas em hospitais, onde profissionais chegaram a se mobilizar para atender o que acreditavam ser um bebê real, mas que, na verdade, era uma boneca reborn.
A justificativa do parlamentar é evitar o uso indevido dos recursos públicos e preservar o bom funcionamento das unidades de saúde.
Distorção de realidade
Os casos citados mostram como os bebês reborn ultraaram o espaço do lúdico ou artístico e aram a ocupar um lugar de projeção emocional intensa na vida de algumas pessoas. A psicóloga Barbara Brandão Spadetto afirma que são tendências a distorcer a realidade que levam as pessoas a tratar os bonecos como crianças de verdade.
“É necessário observar o nível de consciência dessas pessoas, pois em alguns casos a pessoa está ando por um surto psicótico”, explica.
A especialista declara, ainda, que é importante entender que não se deve normalizar a atitude. Contudo, mesmo sendo algo que cause espanto, deve ser acolhido com sensibilidade para analisar o contexto.
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